segunda-feira, 30 de agosto de 2010

DEOGAR SOARES - O JORNALISTA

SÁBADO, 20 DE JUNHO DE 2009


Sessão remember: Deogar Soares, jornalista sem diploma e com categoria

Uma homenagem, lembrada pelos colegas Niara de Oliveira e Minduim, a uma grande figura humana que foi também um dos maiores e melhores comunicadores que Pelotas gerou. O texto abaixo (sem pontuação) foi produzido no estilo em que ele escrevia, e que lembra a escrita de José Saramago. Deogar Soares nos deixou prematuramente em agosto de 2003


Deogar Soares,
jornalista





Niara de Oliveira e Luiz Minduim
Da equipe do blog


Ele continua vivo para a sua família e para todos os seus amigos e as saudades têm a dimensão das histórias e da qualidade da obra que nos brindou


Do jornalista da melhor estirpe ético ousado e que criou esse método (talvez inspirado em Saramago) de escrever sem pontuação para driblar a censura dos duros tempos da dita e criar textos livres de fácil navegação


Do cidadão crítico comunista sempre articulando uma forma de despertar a consciência e derrotar os poderosos e de falar do que não se devia para transmitir sabedoria


Do fotógrafo talentoso das antigas em preto e branco usando e abusando de luzes e sombras para revelar aquilo que ainda não tinha sido visto para mostrar o que estava dentro e ao redor


Do cronista e de seus textos diários desconcertantes e dissonantes do Vôo Livre nas ondas da Alfa crônicas vigorosas e apimentadas aperitivo mental sempre inovador e perturbador que tornaram a sua voz inconfundível e sinônimo de credibilidade


Do amigo afetuoso parceiro com sua risada pausada e única do ser humano sensível e ciente de seu papel na comunidade onde lutava por mais compreensão e menos hipocrisia


Saudades do velho amigo Deogar sempre com uma crítica ácida a fazer uma história pra contar com um sorriso ao te encontrar


Nosso abraço e pedido de benção esse ano segue nas ondas da internet Velho
Pensamento
"É como se existisse uma máquina do tempo predeterminando como e quando cada um de nós deve nascer. A hora do indivíduo.


No meu caso, a máquina do tempo deve ter tido um crepe e aqui me pôs em hora e lugar errado. Talvez eu fosse pra amanhã. Talvez eu fosse do passado".


Deogar Soares